Diante do aumento da pandemia e lentidão na vacinação, os comerciantes de Cuiabá reduzem a confiança no mercado, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com o Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT).
Houve variação mensal negativa de -0,2% na Pesquisa que acompanha o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) em Cuiabá, atingindo 122,6 pontos em fevereiro, contra 122,8 pontos do mês anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, onde foi registrado 132,1 pontos, a retração é de 7,2%.
No indicador de Condições Atuais da Economia – CAE, segundo apurado pelo MT Econômico, houve variação negativa de -27,5% em fevereiro comparando o mês anterior.
De acordo com o IPF-MT, o cenário é de cautela, pois o movimento no comércio tem apresentado desaquecimento, com a dúvida sobre o auxílio emergencial, aumento da pandemia e possíveis restrições e fechamento do comércio.
Em diversos estados, incluindo Mato Grosso, governadores e prefeitos estudam medidas de fechamento do comércio para conter o avanço da pandemia e colapso no sistema de saúde. Caso sejam aprovadas as medidas, pode haver um impacto negativo na economia local gerando desemprego, dificuldade aos empresários e até possíveis fechamentos de empresa.
No último sábado (27), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), anunciou que vai entregar um Projeto de Lei na Câmara Municipal para criar medidas ainda mais rigorosas na fiscalização dos estabelecimentos comerciais que descumprirem as medidas já estabelecidas de biossegurança contra o coronavírus. Além disso, ele aguarda a Justiça para definir o toque de recolher entre 23h e 5h na capital.
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